O HotéisRIO realizou na quinta-feira, dia 30, seu Fórum de Segurança e Recepção, voltado para os gestores de segurança, recepção e concierge dos hotéis cariocas. O evento foi organizado em parceria com o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio (COR) e realizado na sede deste.
O objetivo do fórum foi compreender a operação integrada preparada pela Prefeitura do Rio de Janeiro para o Carnaval, assim como os sistemas disponíveis, tanto para gestores quanto para hóspedes. Outro ponto foi apresentar o funcionamento do COR e seu sistema de monitoramento e entender a importância do uso dos aplicativos oficiais que facilitam a experiência dos hóspedes e turistas.
Entre os temas abordados estiveram a Operação Verão e Carnaval, o Sistema de Monitoramento – COR e CIVITAS e os aplicativos oficiais da prefeitura, que oferecem soluções para facilitar a experiência dos turistas.
Na abertura do evento, a superintendente do HotéisRIO, Theresa Jansen, ressaltou a importância do encontro, por permitir que as equipes da hotelaria conheçam melhor as ações da Prefeitura do Rio de Janeiro. “No período de Carnaval começam a surgir vários aplicativos. No entanto, alguns podem oferecer riscos aos hóspedes, inclusive com informações desatualizadas. O aplicativo oficial, da prefeitura, tem atualização permanente e a garantia de informações corretas. Essa integração entre as equipes dos hotéis e autoridades públicas aumenta a segurança e a tranquilidade dos turistas”.
Renata Paes Leme, diretora de marketing da Riotur, abordou a parte operacional do Carnaval – são esperados 6 milhões de turistas, que devem movimentar R$ 5 bilhões em apenas um mês. Haverá desfile de 482 blocos – destes, nove são megablocos, que arrastam mais de 100 mil foliões. Todo esse pessoal terá à disposição 34 mil banheiros químicos, quatro postos médicos e quatro postos pré-hospitalares. E contarão com a vigilância de 3,8 mil câmeras e cinco drones. “O turismo é um dos principais pilares de nossa economia. Nessa gestão queremos fortalecer a relação com a hotelaria. Contem com a gente para que os hóspedes tenham uma excelente experiência. Basta orientá-los a baixarem os aplicativos da Prefeitura do Rio, como o Blocos do Rio 2025, e se divertirem”.
Patrícia Alemany, delegada titular da DEAT (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo), disse que o Réveillon foi muito tranquilo, sem ocorrências graves, e trabalha para que o Carnaval também seja. “Estamos acostumados a grandes eventos – afinal, todo final de semana de verão no Rio exige bastante adas autoridades, em função do número de pessoas nas ruas, nas praias. Recebemos recentemente o reforço de novos policiais, que vão nos auxiliar nesse trabalho. Outro ponto de destaque são as recém-inauguradas centrais de monitoramento dos 19º e 23º BPM, concretizados graças à parceria com a iniciativa privada, ente eles o HotéisRIO. As câmeras são de alta qualidade, fazem reconhecimento facial e geram provas”.
O Capitão Israel, chefe da seção do BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas) responsável pelo planejamento estratégico da unidade, disse que o batalhão realiza um trabalho direcionado para a rede hoteleira. “Temos uma atuação de 25 km de extensão nos bairros de Copacabana, Leme, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Centro e Santa Teresa. No período do Carnaval reorganizamos as folgas para nos garantir um pulmão extra. Estaremos nas ruas, inclusive nos blocos”.
A vigilância da cidade ganhou um reforço significativo desde a inauguração, em junho de 2024, da Civitas (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública). Seu CEO, Davi Carreiro, explicou que a central é uma grande gestora de dados. “Utilizamos a estrutura de 3,5 mil câmeras e 1,5 mil radares espalhados pela cidade para levantar dados e, importante, tratá-los para fornecer material de inteligência para as autoridades de segurança. O recente caso de um táxi falso é um bom exemplo da nossa atuação – inserimos a placa do veículo no sistema às 14h30 e às 15h10 a polícia já tinha feito a abordagem”. De acordo com Carreiro, o próximo passo é fazer uma integração com as câmeras privadas, como as da rede hoteleira.
Para Marcus Belchior Corrêa Bento, chefe-executivo do Centro de Operações e Resiliência (COR) do município do Rio de Janeiro, o segredo do sucesso do centro é a integração com diversos atores da sociedade carioca, desde órgãos públicos a concessionárias de serviços. “Resiliência urbana se faz com a participação de todos. E a comunicação é vital nos cenários que se apresentam, em especial diante da possibilidade de eventos excepcionais, como as chuvas que caíram esta semana. O uso da tecnologia nos permite uma preparação melhor, como o recurso do cell broadcast, pelo qual enviamos uma mensagem de alerta aos telefones de todos os que estavam na área da cidade. Inclusive convido a hotelaria a ter um representante aqui no COR, o que poderá resultar em mais segurança e conforto para os hóspedes”.
