O presidente da ABIH-RJ, José Domingo Bouzon, esteve na quarta-feira, dia 27 de março, em Brasília para acompanhar a mobilização dos hoteleiros pelo (Perse) Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, criado como uma maneira de apoiar o setor de eventos afetado pela pandemia de Covid-19. O programa foi prorrogado em 2023 pelo Congresso Nacional com previsão de término até dezembro de 2026, mas também houve a fixação de um teto de R$ 15 bilhões de reais. Como a Receita Federal informou à Comissão Mista de Orçamento que o limite dos benefícios fiscais da Lei do Perse será atingido ainda este mês, o programa deverá ser extinto no dia 31 de março.
A repentina extinção do programa soa injusta. Afinal, empresas de outros setores, como o de tecnologia, abocanharam boa parte do programa, sem que este tivesse sido originalmente pensado para elas. Multinacionais de tecnologia e aplicativos de delivery e de reservas de hotéis, como iFood e Airbnb, também entraram com medidas judiciais para também serem contemplados. Consequentemente, o limite foi atingido antes do previsto.
José Domingo Bouzon afirmou que o encontro em Brasília, que contou com a presença de mais de 400 hoteleiros, demonstrou a força da hotelaria na defesa do Perse. O Ministério da Fazenda se comprometeu a fazer uma revisão das empresas e dos valores incluídos no programa de forma a verificar como o limite, previsto para ser atingido em dezembro de 2026, foi alcançado em março deste ano. “Importante foi verificarmos que o setor está unido e pronto para defender suas causas”, afirmou.